ARECACEAE

Attalea phalerata Mart. ex Spreng.

Como citar:

Pablo Viany Prieto; Tainan Messina. 2012. Attalea phalerata (ARECACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

3.005.027,294 Km2

AOO:

116,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

No Brasil a espécie ocorre na Amazônia e Cerrado, nos Estados do Pará, Tocantins, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo (Leitman et al., 2012). Comum no Planalto Central do Pará a São Paulo e no Pantanal Mato-grossense, formando os famosos "acurizais" (Lorenzi et al., 2010). Encontrada desde terras baixas à altitudes superiores a 1.000 m no Andes (OITM, 2011).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>Attalea phalerata</i> apresenta distribuição muito ampla no Brasil, estando presente em quase todas as regiões do país. A espécie ocorre em diversos tipos de vegetação, e é localmente abundante.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita na obra Syst. Veg. (ed. 16) [Spregel] 2: 624. 1825. Conhecida vulgarmente como "acuri", "bacuri" e "uricuri" (Lorenzi et al., 2010).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Espécie abundante em capões e matas, compondo uma fitofisionomia homongênea no Pantanal denominada acurizal (Pott; Pott, 1994 apud Lima Júnior, 2007). Giroldo et al. (2009) amostraram 155 indivíduos por hectare em uma floresta no triângulo mineiro, MG. No entanto, 88% dos indivíduos se encontravam nas duas primeiras classes de tamanho e não reprodutivos. Porém, os autores sugerem que a populaçõa encontra-se estável, com indivíduos em todas as classes de tamanho. Teixeira Pinto (2009) amostrou 506 indivíduos em 10 cordilheiras sem efeito de gado desde 2001 na RPPN Fazenda Rio Negro e 485 indivíduos em 10 cordilheiras com criação extensiva de gado no município de Aquidauana, MS. A média de indivíduos jovens (<1,5m) foi muito superior (>95%) em ambas áreas. A autora estudou três espécies e deve que adaptar as parcelas para A. phalerata, devido sua alta densidade. A área total amostrada para a espécie foi de 0,2ha. Laturner et al. (2010) amostraram 129 indivíduos em 0,5ha, na Fazenda Progresso, MT. Os autores comentam que a espécie ocorre em adensamentos em áreas favorecidas pela presença de áreas antropizadas, onde pode se tornar monodominante.

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Cerrado
Fitofisionomia: A espécie ocorre em cerrado (lato sensu), floresta ciliar e/ou de galeria, floresta ombrófila e área antrópica (Leitman et al., 2012). No Pantanal Mato-grossense é encontrada em matas, cerradões, capões e em formações densas (Salis; Crispim; Branco, 2007) e floresta estacional decidual (Lima Júnior et el., 2007)
Habitats: 2.2 Moist Savana, 3.5 Subtropical/Tropical Dry, 3.6 Subtropical/Tropical Moist, 1.5 Subtropical/Tropical Dry
Detalhes: Árvore, terrícola (Leitman et al., 2012), de caule solitário, de 5-10m de altura, com inflorescências estaminadas e andróginas na mesma planta, caracterizando o sistema andromonóico (Lorenzi et al., 2010) e floração a partir do mês de julho, podendo estender-se até fevereiro e frutificação, a partir de abril, prolongando-se até dezembro (Salis; Crispim; Branco, 2007). É importante forrageira

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.7.1 Captive breeding/Artificial propagation on going
A espécie é cultivada no Jardim Botânico Plantarum (Instituto Plantarum, 2011).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Vulnerável" (VU) na Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

Ações de conservação (6):

Uso Proveniência Recurso
Confecção de ferramentas e utensílios
As folhas são usadas na cobertura de casebres (Lorenzi et al., 2010).
Uso Proveniência Recurso
Energia e Combustíveis
Em alguns Estados Amazônicos, o endocarpo é fonte de carvão (Lorenzi et al., 2010).
Uso Proveniência Recurso
Ornamental
A planta possui potencial para cultivo no paisagismo (Lorenzi et al., 2010).
Uso Proveniência Recurso
Energia e Combustíveis
O estudo de Barreto et al. (2008) comprovaram a grande potencialidade do óleo de amêndoas de espécie para a produção de biodiesel.
Uso Proveniência Recurso
Confecção de ferramentas e utensílios
A nervura central é usada para fazer cestas, vassouras, abanadores e outros artigos, que podem durar até sete anos (Moraes; Borchsenius; Blicher-Mathiesen, 1996)
Uso Proveniência Recurso
Alimentício
O mesocarpo é comestível (Lorenzi et al., 2010).